É época de trocar presentes, ver o Papai Noel, enfeitar a árvore... Mas você sabe por que fazemos todas essas coisas nesta data?
Colaborou Camila Baos | Arte Amanda Miyuki e Sarah Assaf
Não há como negar que o Natal é um dos feriados mais legais do ano.
É quando fazemos uma grande festa, reunimos a família, comemos várias
coisas gostosas e, claro, ganhamos muitos presentes! Mas o significado
do Natal vai muito além dessas comemorações e o feriado foi criado
especialmente para marcar o nascimento de Jesus Cristo, em Belém.
A data tem a intenção de reforçar valores cristãos, como amor ao
próximo, respeito e honestidade – valores que teriam sido
transmitidos pelo próprio Cristo quando Ele veio à Terra na forma de
homem. Como o Brasil é um país principalmente católico, quase todo
mundo comemora o Natal por aqui. Mas mesmo quando uma pessoa é de outra
religião, é costume aderir à data e seguir os rituais direitinho, porque
o Natal é, além de uma comemoração religiosa, uma oportunidade de
reunir todas as pessoas que amamos numa festa só.
Troca de presentes
Uma das explicações mais prováveis para os presentes no Natal vem da
generosidade de São Nicolau, que originou o Papai Noel. Mas também tem a
ver com os três Reis Magos (Belchior, Baltazar e Gaspar), que teriam
percorrido um longo caminho para encontrar o menino Jesus. Logo após
seu nascimento, foram oferecidos três presentes: ouro, incenso e mirra.
Daí teria surgido nossa tradicional troca de presentes, que simboliza o
encontro entre os Reis Magos e Jesus.
Origem da data
Simbolicamente, o Natal foi criado para marcar o nascimento do menino
Jesus. Mas a verdade é que ninguém tem certeza de quando isso aconteceu
– a Bíblia não dá nenhuma data específica, só sugere que foi na época
da primavera. Lá no hemisfério norte, a primavera acontece durante os
meses de março, abril, maio e junho. Por isso, é difícil que Jesus tenha
nascido em 25 de dezembro, como comemoramos. Dizem que esse dia foi
escolhido porque era também uma data de comemoração na Roma Antiga:
acontecia uma festa pagã (ou seja, não cristã) dedicada ao Sol. Aí, o
imperador Constantino substituiu a festa do Sol pelo Natal, afirmando
que Cristo é o verdadeiro Sol, a luz do mundo.
O primeiro Papai Noel
Apesar de a figura do gordinho vestido de vermelho ser super famosa
em todo o Ocidente, a tradição nem sempre foi essa. Acredita-se que ela
tenha sido inspirada num bispo chamado São Nicolau, que viveu no século 4
onde hoje é a Turquia. Nicolau era muito generoso e ajudava as pessoas
pobres. Com o tempo, sua imagem se tornou mais conhecida e passou a ser
associada aos atos de caridade típicos do Natal.
Símbolos natalinos
Árvore de Natal – Os povos celtas e teutônicos
faziam um culto a uma árvore típica do norte da Europa, chamada
sempre-viva. Essa árvore era associada a Jesus porque, mesmo no inverno,
não perdia suas folhas – o que representaria a vida eterna dada por
Cristo.
Bolinhas e luzes – Um cara chamado Martin Lutero, na
Alemanha, lá pelo século 16, teria passado por uma floresta à noite e
se encantado com o brilho das estrelas sobre as árvores. Quis, então,
reproduzir esse efeito brilhante nas árvores típicas de Natal.
Presépio – Representa o cenário onde Jesus Cristo
nasceu: há Maria e José (seus pais), os três Reis Magos, os animais do
celeiro onde o parto aconteceu e a famosa manjedoura que acolheu o bebê.